Os métodos de alfabetização é um conjunto de princípios teórico-procedimentais que organizam o trabalho pedagógico em torno da alfabetização. Um conjunto de saberes práticos ou de princípios organizadores do processo de alfabetização, (re)criados pelo professor em seu trabalho pedagógico.
Os métodos de alfabetização não estão aqui para nos confundir, para determinar nossa personalidade ou nossa prática como professores, estão aqui para nos darem suporte e nos ajudar a alcançar nossas metas!
Qualquer que seja o método escolhido, deve ser observado um envolvimento sistemático dos alunos com a escrita em muitas situações sociais. O reconhecimento da dimensão fonológica da língua é indispensável para aquisição da base alfabética.
EQUILÍBRIO E ARTICULAÇÃO DOS MÉTODOS
Ø Princípios de decodificação e de organização do sistema alfabético-ortográfico da escrita;
Ø Princípios de compreensão, reconhecimento global e construção de sentidos em contextos de usos sociais da escrita e da leitura;
Princípios pertinentes à progressão das capacidades das crianças, com ênfase em intervenções para avanço (caderno 3 SEE?MG).MÉTODOS ANALÍTICOS
Proposta: Progressão de unidades de sentido mais amplas (palavra, frase, texto) a unidades menores (sílabas e sua decomposição em grafemas e fonemas).
Enfoque: Compreensão de sentidos e aprendizagem ideovisual (reconhecimento global pela silhueta da palavra, frase ou texto).
Vantagens: Reconhecimento global e mais rápido das palavras, possibilitando a leitura de unidades com sentido desde o início da escolarização.
Limitações: Se não houver uma correta orientação do professor, pode dificultar a leitura com sentido quando o texto apresentar palavras completamente novas. Se não houver uma orientação correta para decodificação, corre-se o risco do aluno utilizar do recurso da memorização sem observar que as palavras são compostas de unidades menores. (Orientações da SEE, cad. 3, pg36)Métodos: Palavração, Sentenciação, Global de Textos ou Contos.
MÉTODOS SINTÉTICOS
Proposta: Progressão de unidades menores (letra, fonema, sílaba) a unidades mais complexas (palavra, frase, texto).
Enfoque: Processos de decodificação, análise fonológica, relações entre fonemas (sons) e grafemas (letras).
Vantagens: Possibilita a análise entre fonemas (sons ou unidades sonoras) e grafemas (letras ou grupo de letras). Promove o desenvolvimento da consciência fonológica e os processos de codificação e decodificação.
Limitações: Desconsidera os usos e funções sociais da escrita. Em algum momento, o aprendiz tem que se desvincular da fala para codificar (escrever) e decodificar (ler) palavras, frases e textos, já que em alguns casos a escrita não representa o som da fala. (Orientações da SEE, cad. 3, pg36)
Se todos os métodos servem para aprender a ler, tanto faz escolher um ou outro?
“Não, absolutamente. (...) Exemplo: pessoas recém-alfabetizadas por métodos sintéticos são em geral mais atentas à decodificação integral do texto, que é lido palavra por palavra, sem omissões ou substituições. Contudo, são menos preparadas para a tarefa de interpretação”.
CARVALHO, Marlene. Guia Prático do Alfabetizador, 4 ed. São Paulo: Ática, p.35-42.
O que deve ser levado em conta no momento de escolher um método?
“Simples, estude o método antes de aplica-lo. É melhor refletir antes do que corrigir depois.
Recomendações: considere os fundamentos teóricos (...), as etapas de aplicação (...), o material necessário (...), os resultados previsíveis (...)”.
CARVALHO, Marlene. Guia Prático do Alfabetizador, 4 ed. São Paulo: Ática, p.35-42.
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